terça-feira, 2 de dezembro de 2008
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008
domingo, 2 de novembro de 2008
A importância do líder
“Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas” (Mc 10.14).
No decorrer dos séculos, muitos crentes têm rejeitado os esforços das crianças para se aproximarem do Salvador.
Charles Spurgeon, um famoso pregador inglês, escreveu: “Que maravilha será ver nossas crianças firmadas na doutrina da redenção por Cristo! Se forem prevenidas contra os falsos evangelhos desta era perversa, e ensinadas a firmar-se na rocha eterna da obra consumada de Cristo, podemos esperar que a próxima geração venha a manter a fé e que será melhor do que a de seus pais”.
Não é preciso muitas pesquisas para perceber o quanto Jesus ama as crianças. Ele demonstrou isso quando as abraçava e as abençoava: “Em seguida, tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou”. (Mc 10.16)
Ainda existem muitas igrejas que não dão o devido valor ao ministério infantil, encaminhando sempre quem não tem dom para cantar, dançar, pregar, para ficar com as crianças, como se esse ministério fosse menos importante. O diabo não pensa assim. Ele investe pra valer nas crianças, prova disso são as infinidades de programas, desenhos, brinquedos, jogos, etc, que são criados para elas; cheios de novidades, cores e muitos outros atrativos. Sabemos que a criança é um produto do meio em que ela vive, tudo o que ela ouve, assiste na TV, aprende na escola, contribui para a formação da sua personalidade e caráter.
“Qualquer, porém, que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar” (Mt 18.6)
Jesus ama mesmo as crianças! Nós as afastamos dEle, quando fazemos pouco caso do ministério infantil, quando as deixamos numa salinha improvisada enquanto seus pais assistem ao culto, quando não as levamos a igreja, quando não valorizamos os professores e líderes que cuidam delas e nem investimos, deixando-os sozinhos carregando este “peso”.
Está na hora de acordar! O Senhor nos confiou essa responsabilidade. Devemos ser a principal influência e referência em suas vidas. É preciso investir nesse ministério. Gosto de afirmar que as crianças fazem parte do corpo de Cristo, portanto elas não são “a igreja de amanhã”, mas já são a igreja de hoje. Quantos problemas seriam evitados, quantos adolescentes seriam saudáveis e quantos adultos sábios e maduros teríamos nas igrejas, se tão somente investíssemos no ministério infantil! É mais fácil ensinar a criança no caminho que ela deve andar do que tratar dos desvios de caráter, feridas na alma, traumas, rebeldias, dos adultos.
Fico imaginando quantas coisas lindas o Senhor tem guardado em seus tesouros! Se temos a mente de Cristo, podemos fazer melhor do que tudo que o mundo oferece.
As dificuldades que as pessoas sentem em trabalhar com as crianças vêm da falta de preparo, orientações, materiais. Como qualquer outro ministério é preciso se preparar. O amor é fundamental, mas os cursos e treinamentos darão suporte e quanto mais ministros, menos trabalho, então ficará fácil e prazeroso. Vale a pena gastar um pouco mais em salas amplas, bonitas e coloridas, com brinquedos, lápis de cor, joguinhos, músicas e brincadeiras. Criança é criança em qualquer tempo e lugar, não dá para mudar a realidade de que elas vivem fantasiando, imaginando, pensando. Tudo isso é muito saudável e importante. Não precisamos de robozinhos, mas de crianças livres para pensar, aprender, criar.
Quem alcançará as crianças?
As crianças são escolhidas por Deus ainda no ventre materno. João Batista, Moisés, Samuel, Sansão e o próprio Jesus, dentre outras, são histórias que nos mostram os propósitos de Deus na vida das crianças e o cargo que ocuparão no futuro.
Deus nos delegou a responsabilidade de evangelizar as crianças, muitas estão morrendo sem salvação.
- “Ide ... (Mc 16.15 - “Deixai... (Mc 10.14) - “Apascenta os meus cordeiros... (Jô 21.15) - “Não é da vontade de Deus que uma criança se perca ... (Mt 18.14) - “Ensinar as doutrinas fundamentais as crianças ... (Ex 12. 26-27) - “Desde o menor deve ouvir os mandamentos ... (II Reis 23.2 – II Cr 20.13 – Dt 6.7-31 – Ef 6.4) Os ensinamentos devem começar em casa com os pais, assim como na igreja..
Leia Esdras 10.1: “Enquanto Esdras estava orando e confessando, chorando prostrado diante do templo de Deus, uma grande multidão de israelitas, homens, mulheres e crianças, reuniram-se em volta dele.” Aqui é possível ver que as crianças também participaram de uma sessão de arrependimento, junto a adultos.
Para evitar que as crianças se tornem adultos rebeldes e maus, elas precisam aprender desde cedo a conhecer o poder de Deus e também as suas obras:
“Povo meu, escute o meu ensino; incline os ouvidos para o que eu tenho a dizer.
Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado;
O que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram.
Não os esconderemos dos nossos filhos, contaremos à próxima geração os louváveis feitos do SENHOR, o seu poder e as maravilhas que fez.
Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem aos seus filhos,
de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos.
Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos.
Eles não serão como os seus antepassados, obstinados e rebeldes, povo de coração desleal para com Deus, gente de espírito infiel.” (Sl 78.1-8)
A CRIANÇA PRECISA SER SALVA
“Sei que sou pecador desde que nasci, sim desde que me concebeu minha mãe.” Sl 51.5
“Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.” Sl 58.3.
“Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca”. Mt 1814
CRIANÇA É BÊNÇÃO!
“Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor”. Mt 21.16“Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos.” Mt 11.25.
As crianças estão com o coração aberto a aceitar e reter os ensinamentos bíblicos. Elas devem ser contadas como membros da igreja, pois fazem parte do corpo de Cristo. Para ser salvo não é preciso entender tudo, basta crer e aceitar pela fé a palavra de Deus. “Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” Rm 10.10. As crianças dependem de nós para mostrar-lhes o caminho: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pr 22.6
PROFESSOR-ALUNO
Por José Lúcio Ribeiro Filho
Como educador e profissional de comprovada influência na formação do caráter e na educação de pessoas, o professor precisa se reciclar sempre para ter bom desempenho como ensinador. Em se tratando de um professor de Escola Dominical, jamais deve-se ter a idéia ou pretensão de delegar ao Espírito Santo aquilo que é obrigação sua como estudo e preparo adequados das lições que vai ensinar. O professor pode até possuir conhecimento que julgue suficiente sobre determinada área, mas ainda assim é possível melhorá-lo.
O professor de ED que se preza sabe, à luz da Palavra de Deus, que será preciso ser, inquestionavelmente, tanto professor quanto professor-aluno. Cada um tem o dever de aperfeiçoar a sua individualidade.
Como professor, devemos repassar o que aprendemos aos nossos alunos. Como professor-aluno, precisamos buscar conhecimento para o aprimoramento da profissão que abraçamos e desempenhamos. Esse princípio está norteado no ensino do divino Mestre: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque aquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”, Mt 13.11-12.
O professor já tem o saber, porém, precisa de novas informações, mesmo possuidor de experiência e formação cultural já definidas. Já foi dito que “o ignorante aprende e o que sabe recorda” (Baltazar Gracian). Quem não se dispõe a aprender não ouse ensinar. Ensina-se quando aprende-se; aprende-se quando estuda-se. O professor precisa ser aluno, porém, um aluno-professor. Nisso não há demérito.
Eis algumas ocasiões, nas quais o professor precisa ser aluno.
Quando o ensinador toma conhecimento de temas de lições programadas para determinada classe - Neste ponto, deve embrenhar-se no caminho da pesquisa, para enriquecer seus conhecimentos, a fim de alcançar seus alunos;
Quando compreende o valor de métodos criativos - O professor que pretende passar conhecimento, voltado para a boa formação do seu aluno, deve aplicar métodos criativos na ministração de suas aulas. O rendimento é indiscutível;
Quando é sensível às necessidades de seus alunos - Nem sempre o aluno tem aptidão para absorver o que lhe é passado no comentário da lição, senão com um pouco de persistência e paciência do professor, se este é sensível à provável necessidade do aluno;
Quando reconhece que o ensino envolve toda a sua vida - O ensino não será absorvido se o aluno perceber que o professor não vive o que ensina. A auto-avaliação é necessária.
O professor precisa ser aluno porque é professor. “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino”, Rm 12.7. O professor que ensina a uma faixa etária de comprovados conhecimentos não pode ser reticente ou repetitivo em suas informações e afirmações, sob pena de perder um pouco de sua credibilidade. A Palavra de Deus diz “haja dedicação ao ensino”. O que o Espírito Santo determina é que o professor precisa aprender mais. E já foi dito por experimentados profissionais do ensino que “nunca se sabe tanto que não se precise aprender mais um pouco”.
Questão de consciência
Descrevemos, a seguir, outras razões nas quais são manifestas ocasiões em que o professor precisa ser aluno:
Quando toma consciência de sua vocação para o ensino - O professor tem que partir para expansão de seus conhecimentos, especialmente quando se trata da Escola Dominical, uma vez que há variados temas adotados a cada trimestre do ano letivo. Ensinaríamos uma disciplina sem que a conhecêssemos? Para conhecer é preciso estudar e é aí que o professor precisa ser aluno. Vejamos algumas razões:
a) Por serem temas que obedeceram a outra linha de raciocínio, derivados de outra mente, embora fertilizada pela Espírito Santo, que também inspira o “professor-aluno”. Pesquisar é preciso.
b) Como em cada lição existem mistérios que Deus quer revelar a seus filhos, e o professor da ED, em sua vocação de ensinar, é responsável por transmiti-los, é mister que o ensinador se faça professor-aluno e, através da oração e meditação, seja divinamente orientado para levar ao seu aluno a revelação de Deus.
c) Outra ocasião se instala quando o professor necessita de avaliar a qualidade de suas próprias aulas, tentando encontrar algum ponto suscetível de melhoras. Essa auto-avaliação somente será bem sucedida se o professor estudá-la. O Dicionário de Verbos e Regimes, 4ª Edição, página 288, no pronominal agregado ao conceito de ensinar, chama isso de “aprender por si; avisar-se”.
Quando encarar o magistério em Cristo como uma chamada divina - Como uma comissão do Mestre por excelência, com submissão a Cristo, com lealdade à sua igreja e disposição para possuir atitudes de aprendiz, aí se dará o momento “quando o professor precisa ser aluno”. A partir desse ponto, o professor nunca o deixará de ser, ainda que tenha a qualificação de professor. No professor que a si mesmo se cuida, vê-se exaltada a profissão do ensinador.
Se há um direito de ensinar, há também, obviamente, um dever de aprender. A partir desta premissa, fica claro que em muitas ocasiões o professor precisa ser aluno. Vale salientar que o professor é a única pessoa que deve encontrar razão para estudar. Se lhe falta o interesse, nada mais poderá ser feito, senão lamentar-se. É do escritor brasileiro Rui Barbosa a célebre frase: “Não há tribunais que bastem para obrigar o direito quando o dever se ausenta da consciência”.
É preciso força de vontade do indivíduo para descobrir que sua própria capacidade de trabalho é renovável. Aliás, é uma exortação bíblica. “Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”, Rm 12.2. Verdade é que o professor pode aprender as técnicas de ensino e aplicá-las no processo de aprendizagem dos seus alunos, porém, precisa ter força de vontade e desejo de trabalhar.
Diz o escritor William Martin, em sua introdução ao ensino da Escola Dominical: “Só se aprende com a prática”. Portanto, aprendendo as técnicas do ofício de ensinar e trabalhando adequadamente, chegar-se-á um dia à qualificação de bons mestres. Entende-se que o professor voluntária ou involuntariamente está sempre na esfera do aprendizado.
Aprendendo a ouvir
Estudando a expressão do apóstolo Paulo em 2 Timóteo 2.1-2, nos deparamos com quatro gerações de cristãos com um método único e eficaz de aprendizado: o ouvir. “Tu, pois, meu filho,fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus e o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros”. As quatro gerações de cristãos acima mencionadas têm funções similares na área do ensino.
A primeira tem, por exemplo, o apóstolo Paulo, que confessou: “Recebi do Senhor o que também vos ensinei”. A segunda recebeu pela audição. Paulo afirma: “O que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste”. Timóteo, por exemplo, recebera a comissão de ensinar o que aprendera junto a outros (“muitas testemunhas”), repassando-o para a terceira geração (“homens fiéis”), e esta, por sua vez, ensinaria à quarta geração (“outros”). Assim, temos Cristo, que ensinou a Paulo; Paulo, que ensinou a Timóteo; Timóteo, que ensinaria a homens fiéis, que ensinariam a outros.
O método audio-visual foi de uma eficácia indiscutível, fantástica, com resultados que perduram até os nossos dias, depois de quase dois mil anos.
Cada geração, especialmente as duas primeiras, precisaram se reciclar, como vemos na expressão: “Fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus”, a fonte onde deveriam permanecer ligados como alunos. É de vital importância a atualização de conhecimentos já adquiridos, principalmente quando tem-se a responsabilidade de transmiti-los para não serem passadas informações defasadas, revelando desconhecimento, apresentando ignorância de fatos novos.
Fonte atualizadora
Uma fonte segura para um pesquisador se reciclar é a que procede de origem divina, a Palavra de Deus, de onde tiramos lições e métodos insuperáveis para alcançar os propósitos que Deus tem para com os seus. Lemos em 2Timóteo 3.16-17: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
O professor da Escola Dominical não é um professor comum. Ele não ensina matérias simplesmente pesquisadas, mas reveladas. As pesquisas trazem muitas novidades, e por isso mesmo surge a necessidade de reciclagem para o professor, para sua atualização. O professor da Escola Dominical falará de temas oriundos do céu, da divina fonte.
Deus quer que os homens conheçam seus mistérios, como lemos em Colossenses 1.26-28: “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo”.
O próprio Mestre orando ao Pai (Jo 17.26) fez algumas revelações importantes para os que ousam se chamar professores da Escola Dominical, mas que recusam atender aos requisitos aqui explicitados: “(...)lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais”. Ora, se seus discípulos já tivessem os conhecimentos completos daquilo que haveriam de ensinar, não teriam necessidade de “conhecer mais”. Nisso conhecemos mais um momento, quando o professor precisa ser aluno. Há sempre o que se aprender, de cujos conhecimentos há sempre o que se ensinar. Nossos conhecimentos jamais se completarão.
O eunuco da rainha de Candace era, em sua época, um homem culto. Afirmamos isso em virtude da função que exercia como ministro da Fazenda. Contudo, muito havia que aprender e por isso disse a Filipe, no tocante à palavra profética que lia: “Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” At 8.31. Ele recebeu o convite de Filipe, servo do Senhor, para aprender o significado da Escritura não compreendida. É imperioso que se entenda entre os chamados mestres a importância de se aprender sempre.
Quando o leitor deste artigo estiver debruçado sobre este conteúdo, passar-lhe-á pela cabeça inúmeras razões não abordadas aqui e que com certeza estarão estimulando-o a alinhar-se as aqui apontadas, com a consciência esclarecida de que “Nunca se sabe tanto, que não se precise aprender mais um pouco”.
Fonte: http://www.cpad.com.br/
sábado, 1 de novembro de 2008
Para Penha Mota, 43 anos, de Serras (ES), o domingo é sagrado. Há 14 anos ela tem a mesma rotina. Acorda às seis e meia da manhã, dá uma breve ajeitada na casa, toma seu café, confere os jornais e segue, junto com a filha, para a Escola Bíblica Dominical da Igreja Nova Vida. “Tenho sede de conhecimento e paixão pela Palavra. Lá na EBD, aprendi a orar e a meditar”. Para Penha e outros milhares de brasileiros, a Escola Bíblica Dominical é um espaço de debates, estudo e construção da fé cristã. Todavia, a EBD não é unanimidade. Enfraquecida em algumas regiões devido à falta de estrutura e investimento, há correntes que defendem uma remodelagem para que ela se torne mais atual, contextualizada e participativa.
Ao contrário de muitas histórias de conversão, a de Penha é inversa. Seu primeiro contato com o Evangelho se deu quando ela começou a freqüentar uma classe de EBD e, posteriormente, os cultos noturnos. “Pensam que a EBD é coisa do passado, mas isso é por causa daqueles que vivem um cristianismo sem compromisso”. De fato, a EBD, literalmente falando, é coisa do passado. A primeira surgiu em 1802, nos Estados Unidos, e foi fundada por William Elliot. No Brasil a primeira foi realizada em 19 de agosto de 1855, em Petrópolis (RJ), por Robert e Sarah Kalley. No primeiro encontro, Sarah contou com a participação de cinco crianças. Aquela aula foi suficiente para que seu trabalho florescesse. Essa mesma escola deu origem à Igreja Evangélica Fluminense, marco das Igrejas Evangélicas Congregacionais no Brasil.
Para o pedagogo Marcos Tuler, também pastor e autor de cinco livros na área de ensino, nenhum outro segmento da educação cristã possui um cronograma de estudo sistemático da Bíblia tão profundo, eficaz e abrangente
Eduardo Luis Carpenter tem um elo histórico com esse momento. Ele é bisneto de uma das crianças que estiveram nesse culto há mais de 150 anos. “A EBD serve de instrumento para a aproximação das pessoas e conseqüentemente à comunhão”, frisa ele, que é pastor da Igreja Congregacional da Cantareira, em Niterói (RJ).
À frente da direção executiva da Editora Sarah Kalley, Carpenter se dedica em trabalhar na confecção do jornal O Cristão – o primeiro periódico evangélico no Brasil, com 115 anos – e de elaborar material para estudos bíblicos nas revistas de EBD.
RAIO-X DA EBD
Com a explosão evangélica, o costume de freqüentar a EBD foi diminuindo com o tempo. É notória a diferença entre a assiduidade de antes e de agora, principalmente em relação aos cultos noturnos. Em média, é 40% menor, segundo especialistas. A maior desculpa é o cansaço, falta de tempo e mudança no foco para movimentos alternativos, como Escola de Líderes, Profetas, entre outros. Não há uma pesquisa atualizada e ampla sobre o desenvolvimento da Escola Bíblica no Brasil. A última foi realizada em 2000, sob encomenda da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD). Através de doze mil questionários enviados, entre junho e agosto, a todos os estados do Brasil, foi possível traçar um raio-X sobre a EBD no meio assembleiano. Mais de 189 mil pessoas responderam ao censo. Os estados mais atuantes foram Minas Gerais (21,89%), Rio de Janeiro (17,45%) e São Paulo (17,15%). Das igrejas ouvidas, a média de freqüência corresponde a 47,53% dos membros e congregados. Em sua grande maioria, as classes são divididas por faixa etária, sendo a de adultos e jovens as mais fortes. Para 78,1%, a EBD tem a função de desenvolver a espiritualidade, para 45%, ganhar almas, e 60,94% acham que ela deve treinar os crentes para o serviço do Mestre.
O levantamento também revelou outros dados interessantes. Dos líderes ouvidos, apenas 69,82% afirmam que promovem campanhas para ganhar novos alunos. A divulgação interna sobre a função da EBD foi considerada regular para 25,44% e boa para 40% dos entrevistados. A justificativa para esse fenômeno, segundo o pastor Lécio Dornas, 43 anos, docente nacional do Instituto Haggai no Brasil, é que na maioria dos casos, por modismo ou por entendimento equivocado de novas propostas de organização eclesiástica, este momento de ensino está perdendo força. “Abolir a EBD seria puro modismo”, frisa.
Para o pedagogo Marcos Tuler, também pastor e autor de cinco livros na área de ensino, nenhum outro segmento da educação cristã possui um cronograma de estudo sistemático da Bíblia tão profundo, eficaz e abrangente. “Não há outra proposta educativa que possibilite um estudo completo das Escrituras ajustado à idade, à capacidade e à linguagem dos educandos de cada segmento como a EBD”, relata Tuler, chefe da Divisão de Escola Dominical da CPAD. De fato, as classes não são apenas um apêndice da estrutura geral. A EBD se confunde com a própria essência da igreja.
Mesmo com a percepção da importância desse método de ensino, existe ainda uma questão que vem preocupando dirigentes e líderes: como criar uma EBD participativa? José Humberto de Oliveira, editor e escritor da Editora Cristã Evangélica, acredita que é fundamental que o professor valorize o aluno, criando relacionamentos interpessoais saudáveis, aulas criativas e uso de dinâmicas. “O professor precisa ter sabedoria para aplicar temas às necessidades de sua igreja ou contexto cultural no qual está vivendo”. Oliveira realiza congressos para professores e superintendentes desde 1994 e tem experiência de sobra para avaliar tanto a performance de quem ensina, como o plano de aula e o interesse de quem aprende.
Outro segredo é o planejamento. Assim como a preparação de um sermão, uma aula também deve merecer estudo e pesquisa. E aulas apenas discursivas, onde o professor fala o tempo todo sem parar e sem recursos didáticos, tendem a ter cada vez menos espaço. E aí Lécio Dornas é taxatixo: “Todos os grandes pensadores foram grandes perguntadores”, parafraseando o escritor Augusto Cury no livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.
Outro passo a ser dado, na visão de Paulo Martinez, que representa a Apec (Aliança Pró-Evangelização de Crianças), é que o professor deve ser criativo até na forma como seus alunos se posicionam em sala de aula. “Eles devem se assentar de tal maneira que possam ver os rostos uns dos outros”. Portanto, vale mudar a posição de mesas e cadeiras. Por que não?
Estimular a mente, aprofundar temas, instigar pesquisa, debates, painéis e encenações, pode ser um exercício motivador para o ensino do Evangelho. Tuler, por exemplo, acha que para a Escola Dominical ser atuante e participativa, seu líder deve cativar a atenção de sua clientela através das seguintes providências: administrar a escola de forma eficiente, elaborar um plano de crescimento, ampliar estruturas através de novos departamentos, organizar classes e mobílias; ter métodos criativos de ensino; obter apoio e investimento da liderança. Cada item desses não é uma tarefa fácil, principalmente quando faltam recursos.
E por falar em uso de boa criatividade, a Primeira Igreja Batista em São José dos Campos (SP) demonstrou que mudou a rotina da EBD. Alugou um espaço perto do templo e, aos domingos, as crianças e os pais são levados num trenzinho ao local.
A experiência aumentou a freqüência e deu mais qualidade às aulas.
“Todos os grandes pensadores foram grandes perguntadores”, lembra o pastor Lécio Dornas, que escreveu Socorro! Sou Professor da Escola Dominical
TECNOLOGIA E ENSINO
No passado, lousas ou quadros-negros eram usados. Hoje os recursos são os mais variados: datashow, revistas modernas, coloridas e ilustradas, vídeos e até o quadro digital, uma tecnologia que funciona com toques na tela do computador, selecionando informações. Ou seja, quando se pensa que o datashow ainda é equipamento moderno, surgem rapidamente outras alternativas com maiores condições de otimizar as aulas e o interesse dos alunos. “A EBD ainda não está acompanhando o desenvolvimento tecnológico e os recursos disponíveis para melhorar o ensino”, frisa Martinez.
A preocupação é pertinente, já que as crianças de hoje são constantemente ligadas à modernidade. “Infelizmente, há regiões em que alguns ainda sonham com o jurássico retroprojetor”.
O melhor recurso não pode estar dissociado da melhor qualidade de ensino. Nesse momento, o questionamento passa a ser: professor de Escola Dominical precisa ter formação específica? Lécio Dornas dá sua resposta, defendendo que, antes de qualquer coisa, é preciso ter o dom do ensino.
O pastor também aborda a necessidade de treinamento para a capacidade de interpretação. Em seu livro Socorro! Sou Professor da Escola Dominical, ele fala exatamente sobre o tema, bem como o uso de recursos didáticos e revistas que também tenham conteúdo voltado para a realidade da região da igreja.
José Leonardo, 27 anos, da Assembléia de Deus de São José dos Campos (SP) viveu bem esse problema. Quando foi professor da EBD, percebia que os materiais eram descontextualizados e não correspondiam ao dia-a-dia dos fiéis. Com o tempo, ele tentou adaptar o conteúdo, aprovado pelos alunos mas reprovado pela direção, que o afastou do cargo. “Hoje não me sinto mais interessado em participar”. Outro problema vivido pelos professores são os atrasos na entrega dos materiais. Adeagna Laborba, de Manaus (AM), sofreu com isso. Superintendente da EBD, ela precisou repetir lições antigas e atrasar o andamento da escola para que o material chegasse a tempo. “Os alunos foram os maiores prejudicados”, justifica ela, mostrando que nem todos os dirigentes de sua equipe tinham formação pedagógica, portanto, precisavam de mais tempo para planejar as aulas. Aliás, ter pedagogos nas salas da EBD é luxo para poucas igrejas. No censo da AD, apenas 5,62% disseram ter formação pegadógica. A grande maioria foi escolhida pela voluntariedade e desejo de ensinar (62%) e maturidade espiritual (79%). O professor do Centro de Estudos Teológicos do Vale do Paraíba (SP), José Humberto de Oliveira, endossa a pesquisa se referindo à seleção dos professores, mencionando três pontos: vida, conhecimento e unção. “É preciso ter conhecimento mínimo sobre educação. E também não basta ter conteúdo; é preciso saber como ensinar o que se sabe”.
SAIBA MAIS Manual do Professor de Escola Dominical – Marcos Tuler, CPAD Recursos Didáticos para Escola Dominical – Marcos Tuler, CPAD Dicionário de Educação Cristã – Marcos Tuler, CPAD Ensino Participativo na Escola Dominical – Marcos Tuler, CPAD Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã – Marcos Tuler, CPAD Socorro! Sou Professor da Escola Dominical – Lécio Dornas, Editora Hagnos 101 Idéias Criativas para Professores – David Merkh e Paulo França, Editora Hagnos Na internet www.editoracristaevangelica.com.br www.apec.com.br www.editoracentralgospel.com.br www.cpad.com.br |
Atualmente, surgem mais e mais variedades de material para as classes de EBD. Apesar disso, outro questionamento surge: será que esses produtos têm qualidade? Quando deve acontecer a renovação de livros e revistas? O pastor José Humberto afirma que essa troca deve ser constante. “Cada geração exige uma nova maneira de pensar e agir. Nosso material sempre sofre uma renovação”, conta ele, que trabalha à frente da Editora Cristã Evangélica. Sobre crianças, a Apec entende e observa que é preciso que o currículo atenda à necessidade espiritual do segmento. Recomenda que isso deva ser feito através de pessoas comprometidas com o ensino.
Para o pastor Eduardo Carpenter, o futuro da Escola Dominical é se tornar cada vez menos dominical, se espalhando por outros dias da semana. “Da mesma forma, e atendendo às necessidades da pós-modernidade, o templo deixará de ser local exclusivo e as casas e outros espaços deverão ser ocupados”, finaliza.
ORIENTAÇÕES PARA OS COMPONENTES DO MINISTÉRIO DE CRIANÇAS
ORIENTAÇÕES PARA OS COMPONENTES DO MINISTÉRIO DE CRIANÇAS
Funções:
Todos os componentes do ministério
Obedecer as orientações do Pastor Presidente
Organizar semestralmente o armário do ministério de crianças.
Cooperadora Ministerial
Orar diariamente por todas as crianças.
Estar presente a todos os eventos especiais e na EBD.
Auxiliar os professores de crianças na preparação das aulas da EBD.
Visitar as salas de aulas com objetivo de verificar a necessidade do professor.
Observar o calendário da IBB para que não haja contratempo na realização de nenhum evento.
Planejar os gastos a serem efetuados com antecedência e dentro da realidade.
Apresentar a previsão de gastos a Auxiliar Administrativa para esta solicitar autorização do Pastor Presidente.
Organizar juntamente com os componentes do Ministério, o plano de aula semestral.
Solicitar as revistas da EBD com antecedência.
Componentes do Ministério de Crianças
Orar diariamente por todas as crianças e em especial pelos seus alunos na EBD.
Estar presente na sala de aula às 30 minutos antes e esperar seus alunos com carinho e alegria na EBD.
Estudar as lições com antecedência, preparar e trazer o material didático sugerido na revista da EBD.
Obedecer às diretrizes da igreja.
Estar disposta a auxiliar as crianças nos eventos do calendário da igreja.
Passar todas as sugestões para a Cooperadora Ministerial de Crianças e a Auxiliar Administrativa.
Preparar o material dos eventos quando solicitado.
Obedecer ao plano de aula estabelecido.
Avisar com antecedência a Cooperadora Ministerial quando houver necessidade de faltar à aula da EBD.
Atividades
Cantina e Acampamento
Acampamento –
Seminário de formação de líderes –
Confraternização – aniversariantes do semestre e natal –
Culto das crianças –
Páscoa – 23.03.
EBF – 04 a 06.07
Dia das crianças –
Natal – 14.12.
Datas especiais: Dia das Mães (11.05.); Dia do Pastor (08.06); Aniversário Dia dos Pais Dia de Missões (28.09); Aniversário do Pastor; Dia da Bíblia (14.12.08).
Cantina
A Cooperadora Ministerial de Crianças deverá:
- Fornecer mensalmente relatório financeiro a secretária da igreja.
Eventos
A programação dos eventos: culto das crianças, páscoa, EBF, Dia das crianças, Natal, estará sob a responsabilidade da Auxiliar Administrativa da igreja podendo a qualquer momento receber sugestões.
A direção dos eventos será feita pela Cooperadora Ministerial de Crianças.
Todos os participantes do Ministério de Crianças receberão a programação do evento com antecedência de aproximadamente 30 dias podendo fazer as devidas sugestões para promover a excelência no trabalho do Senhor Jesus.
As partes comemorativas das datas especiais, serão programadas pelo professor da classe, para serem apresentadas na EBD. Tempo por classe 5 minutos.
Missão da E.B.D
Missão e Principal Atividades |
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Perfil para participar do Ministério |
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Compromissos |
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Passos para se envolver |
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